Quem nunca viu por aí, jogado em ruas ou terrenos baldios, sucatas automotivas? De todos os itens de veículos descartados, os mais comuns de se encontrar são as molas, justamente um item que ainda pode ser reaproveitado. Mas quem é que gera as sucatas automotivas? Bom, a princípio todo mecânico gera a sucata automotiva, vindas de blocos de motores, blocos de alumínio e blocos de ferro fundido. 

Atualmente a indústria automotiva está muito dinâmica e ela acaba fazendo um giro muito rápido nas suas peças e reposições, o que faz com que aumente a cada dia a quantidade de materiais recicláveis a partir da sucata automotiva. Todo mecânico, por menor que ele seja aí na sua região ou na sua cidade, gera a sucata automotiva, podendo ser desde blocos de motores até um pivô; é preciso entender que onde houver sucata automotiva, haverá uma oportunidade de negócio. 

Muitas das vezes o mecânico precisa se livrar das peças, seja vendendo, repassando ou doando, mas ele precisa dar um destino de preferência ambientalmente correto pra essas sucatas automotivas. Muitos desses profissionais têm reclamado que muitas vezes os sucateiros querem apenas o filé mignon da sucata automotiva. Existe muita sucata automotiva que vem às vezes vem atrelada a um coxim, que possui metal e também a borracha, fazendo com que fique difícil separar esses dois materiais para que na hora da venda não haja uma perca, ou seja, é uma contaminação da sucata. 

O que vale a pena ressaltar é que se falando em sucata tudo é reciclável, não interessa se é automotiva ou uma sucata eletroeletrônica: tudo é passível de uma grande oportunidade de negócio. Então, de repente você tem aí no seu bairro vários e esse próprio mecânico ele não sabe o que fazer com a sucata automotiva. Nesta janela é que surge uma grande oportunidade para deixar a cargo de empresas de reciclagem especializada na coleta e reaproveitamento, principalmente de molas, pois toda esta sucata tem um valor agregado muito alto.

A prática de reciclar resíduos automotivos traz benefícios não só econômicos, mas também ambientais, pois um carro a menos, ou seja, reciclar um carro no meio ambiente, equivale a reduzir 3.700Kg de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Além disso, durante o processo de desmontagem, os fluidos e materiais não utilizados serão encaminhados para destinos ambientais adequados, de forma que não poluam o solo ou a água.

A reciclagem também resolve o problema do lixo descartado do carro, que muitas vezes representa uma ameaça à saúde pública à medida que a doença se espalha. Carros deteriorados expostos ao clima podem se tornar criadouros de mosquitos causadores de doenças (como os mosquitos da dengue).

As empresas deste segmento de mercado têm a responsabilidade de sensibilizar os seus colaboradores para a importância da manutenção dos veículos, de forma a evitar danos económicos e ambientais. Os pneus, por exemplo, são triturados até se transformarem em um pó que será utilizado na fabricação de tapetes, chinelos e até asfalto.

Se os materiais da sucata de carros não forem destinados corretamente, tornar-se-ão altamente poluidores, uma vez que um pneu jogado no meio ambiente leva centenas de anos para completar sua decomposição.

O trabalho de reciclagem e mineração da sucata automotiva é um mercado que está em alta, é pode ser realizado através de negociação de quilos de sucata que são tirados diretamente das oficinas mecânicas, proveniente do conserto ou revisão de veículos automotores, por exemplo: disco de freio; morcegão; embreagem; bomba de óleo; bomba de combustível; amortecedor; caixa direção hidráulica; caixa de direção mecânica; radiadores e outros.

Detalhe importante: existem resíduos classe 01, ou seja, resíduos perigosos que são gerados também pelas oficinas mecânicas que eles não podem ser repassados para qualquer tipo de sucata. É preciso que a empresa seja licenciada e especializada no gerenciamento, no tratamento e disposição daquele resíduo classe 01. Já se a sucata é ferrosa, ela tem um valor agregado e pode ser vendida para uma indústria de transformação.